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sábado, 21 de janeiro de 2023

Corrupção e Controlo Social em Angola. Percepção e atitude dos chefes de agregados familiares de Luanda

 RESUMO 

A intenção de compreender a corrupção no contexto das famílias face as dinâmicas de controlo social permitiu fazer uma avaliação triangular, tendo como referência as dimensões: legislação, instituição e contexto. O recurso aos procedimentos de fiabilidade da pesquisa e validação dos instrumentos de colheita de dados, de entre os quais o questionário do inquérito, identificou-se três itens de pesquisa: percepção da corrupção e controlo social, atitude dos chefes de agregados familiares e opinião sobre o desempenho dos órgãos de controlo à corrupção. Como resultado constatou-se que os esquemas de corrupção desenvolveram jargões que são usados para facilitar a comunicação dos intervenientes e ludibriar os que não fazem parte do grupo social ou subgrupo, destacando-se a gasosa com 73,5% de menções, saldo 29,9%, micha 17,1% e biolo 6%; de entre as práticas de corrupção mais frequentes em Angola destacam-se o tráfico de influência com 71,7%, suborno com 65,7% e fraude com 45,7%. A nível da atitude 56,4% dos respondentes alegaram já terem pagos médico/enfermeiro, 48,1% agente da polícia, 43,9% professor e 22,1% funcionário da administração. A nível da opinião sobre o desempenho dos órgãos de controlo à corrupção constatou-se um empate em que o mesmo peso e a mesma medida é usada para avaliar positiva e negativamente as instituições que visam combater a corrupção. 

Palavras-chave: corrupção, controlo social, família, percepção, atitude, desenvolvimento humano, pobreza e exclusão social.

 


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